A palavra estressado, tão comum no consultório, no passado chamado de distúrbio neuro vegetativo, pode representar uma doença grave definida como "Burnout".
Clinicamente pode aparecer como crises frequentes de enxaqueca, taquicardia, alergias de forma geral ou de pele, alterações gastro intestinais e outros.
A OMS (organização mundial da saúde) define, por meio da Classificação internacional das doenças - CID, como: sentimento de esgotamento de energia e/ou exaustão, crescente distância mental em relação ao trabalho ou sentimentos de negatividade ou cinismo quanto ao emprego e eficácia profissional reduzida. Segundo a Internacional Stress Management Association (Isma-BR), em 2018, 32% da força de trabalho no Brasil apresentou níveis variados desse diagnóstico, 92% se dizem incomodados com a exaustão, 87% com a irritabilidade, 84% com a falta de concentração e 79% com a dificuldade de relacionamento no ambiente profissional. Para a Isma - BR, o Burnout causa prejuízos em torno de 3,5% do PIB brasileiro.
Essa síndrome requer uma boa relação medico paciente, identificando os chamados starts (desencadeadores), fatores de piora e fatores de redução dos sintomas.
Além do apoio com terapia medicamentosa, possível, mas criteriosamente indicado, existem diversas modificações no estilo de vida que devem ser implementadas:
Aumento da atividade física.
Incorporar ações de relaxamento como meditação, ioga, culinária, dança e massoterapia.
Reduzir a carga de trabalho.
Reduzir o acesso e atividade digital (Instagram, WhatsApp, blogs...)
Desenvolver alguma ação cultural e social diferente da sua atividade profissional.
Promover atividades familiares.
Estimular encontros com grupos de amigos da escola, sem relação com sua profissão atual (colegas de república, times de futebol do colegial, amigos do clube...).
O Burnout já é um diagnóstico aprovado e documentado legalmente para afastamento temporário e dispensa do trabalho.