O ácido úrico é uma substância produzida naturalmente pelo organismo, que provém da degradação de purinas (componentes do DNA e RNA).  Aproximadamente 85% de sua produção possui origem endógena (produzido pelo próprio corpo), sendo o restante resultado da metabolização de nucleoproteínas presentes nos alimentos.
A hiperuricemia (nível elevado de ácido úrico no sangue), ocorre devido ao aumento da produção endógena desta substância, ou então, em razão de sua excreção renal reduzida.  Como consequência deste quadro, podemos observar a formação de cristais de urato de sódio, que normalmente, se depositam nas articulações, rins ou pele, embora também possam aparecer em qualquer região do corpo.
Além de fatores genéticos, uma das causas ambientais da hiperuricemia é a alimentação inadequada.
Dietas ricas em gorduras, com alta ingestão de calorias e consumo excessivo de proteínas de origem animal podem favorecer o desenvolvimento do quadro, possuindo inclusive relação direta com a obesidade.
Por isso, recomenda-se moderação na ingestão de alimentos ricos em purina, como carne vermelha, frutos do mar, vísceras e alguns tipos de peixes.
Os Leites e derivados têm sido propostos como alimentos protetores, já que aparentam favorecer a eliminação do ácido úrico, devendo também ser incluídos na dieta de maneira equilibrada.
Além disso, é preciso reduzir a ingestão de alimentos e bebidas industrializadas ricas em frutose, moderar a ingestão de bebidas alcoólicas e restringir a ingestão de calorias nos casos de indivíduos com excesso de peso.
Por fim, uma adequada ingestão hídrica é fundamental para melhorar a excreção do ácido úrico e consequentemente, recuperar o quadro geral.