O jejum intermitente é uma estratégia nutricional caracterizada pela realização voluntária de períodos de privação de alimentos, com redução parcial ou total da ingestão energética. Este processo ocorre de forma intercalada com os períodos de ingestão normal de alimentos e bebidas.
Além disso, a restrição pode ocorrer em dias alternados, jejum de dia inteiro ou jejum de tempo limitado.
A privação alimentar propicia a formação de corpos cetônicos pelo organismo, isto é, fornecimento de energia baseado na destruição de tecidos, como gorduras e massa magra (músculos), que serão utilizados no intuito de produzir energia para manutenção das atividades celulares.
Os benefícios atribuídos à prática de jejum intermitente decorrem de seu efeito positivo no emagrecimento, melhora da composição corporal, alterações no metabolismo energético, redução dos níveis de marcadores do risco cardiovascular, redução da glicemia e da inflamação.
Teoricamente pode ser uma estratégia utilizada de maneira positiva, mas é preciso muita cautela na sua indicação, pois nem todos estão aptos a realizar o jejum.
Pacientes com uma rotina muito estressante ou indivíduos com problemas de ansiedade podem não reagir bem aos períodos de privação. Além disso, o jejum pode favorecer o desenvolvimento de compulsões alimentares.
Nos casos em que a conduta for aplicada, é necessário a monitoração de sinais e sintomas de seu paciente, notando se a estratégia utilizada realmente está sendo benéfica e não está ocasionando distúrbios adversos, como fraqueza, dor de cabeça, desmaios, hipoglicemia, cansaço aos esforços etc.
A utilização do jejum intermitente tem uma baixa aderência por prazos longos, visto que, é incompatível com o convívio social habitual.
Outro ponto importante a ser destacado é o fato de que a restrição calórica contínua é igualmente eficaz no emagrecimento.
Uma alimentação equilibrada combinada com a prática de exercícios físicos também é aliada na manutenção de uma vida mais saudável e para contribuir com a prevenção de doenças.
Pessoas com doenças crônicas como diabetes, distúrbios hormonais e grupos da terceira idade devem ter muito cuidado com a prática do jejum intermitente.
Ainda, são necessários mais estudos controlados realizados a longo prazo e com seres humanos, a fim de elucidar os reais efeitos do Jejum Intermitente.