A cannabis, popularmente conhecida como maconha, é uma das plantas cultivadas há mais tempo pelo ser humano. Famosa por seu uso religioso, recreativo e medicinal, essa planta tem mais de 60 ativos específicos chamados de canabinóides, cujas propriedades terapêuticas vêm sendo extensamente pesquisadas pela ciência.
Uma questão muito falada em relação ao uso da cannabis é que ela estimularia o apetite e aumentaria o consumo de alimentos.
*Será que é verdade?*
Estudos que investigaram essa relação encontraram indícios que o THC, substância presente na cannabis, promoveria uma diminuição dos níveis de leptina, hormônio relacionado a sensação de saciedade, além do aumento da produção de grelina, hormônio relacionado com aumento da sensação de fome. A ativação de receptores de canabinóides também potencializaria a liberação de dopamina, que promoveria uma sensação de recompensa relacionada ao consumo de alimentos logo após o uso de cannabis.
Por outro lado, o consumo de maconha com maior concentração de canabidiol (outro ativo presente na planta) causaria efeitos opostos ao THC, diminuindo estímulos de incentivo ao consumo de alimentos. Dessa forma, é possível dizer que o consumo de componentes específicos presentes na cannabis poderiam sim incentivar a maior ingestão de alimentos pelos usuários.
A cannabis, em vista da já comentada grande possibilidade de versões, devido aos diversos sub componentes, como droga específica em terapias coadjuvantes, deve ser alvo de muitas pesquisas clínicas em vivos. Dessa forma, devemos ter caute la no seu uso no tratamento de doenças cronicas.
Outro ponto, é avaliar a empresa produtora dos derivados da cannabis, a opção de compra sem certificação ou receitas médicas adequadas e a grande possibilidade de adulteração e inexistência exata do que se coloca nos rótulos e panfletos promocionais.