O boldo é uma planta muito utilizada na medicina popular no tratamento de problemas digestivos e hepáticos.
O que muitos não sabem, é que existem diversas espécies de boldo. Os dois principais e mais utilizados são: o boldo verdadeiro, também conhecido como boldo do Chile (Peumus boldus Molina), e o boldo brasileiro (Plectranthus barbatus Andr).
Embora a atividade de ambos na saúde seja similar, a espécie Peumus boldus Molina é mais bem esclarecida na literatura do que a Plectranthus barbatus Andr.
Ao passo que o boldo brasileiro é amplamente encontrado e cultivado em todo o território nacional, o boldo do Chile, como o próprio nome já indica, é nativo da região central e sul do Chile, e não é cultivado no Brasil. Aqui, podemos encontra-lo apenas em lojas de produtos naturais, na forma de folhas secas, ou também nos chás de sachê vendidos no mercado.
Devido à presença de compostos bioativos e alcaloides, como taninos, catequinas e boldina, esta planta tem sido evidenciada pelo seu potencial antioxidante.  
Além disso, tem aparente efeito sobre a vesícula biliar e aumento das secreções gástricas, melhorando o processo de digestão. Também atua como antiespasmódico e anti-inflamatório, auxiliando no tratamento de cólicas gastrointestinais e dispepsia funcional.
Entretanto, é preciso ter cuidado com a sua ingestão. Devido à escassez de estudos que comprovem de maneira mais concreta seus efeitos, seu uso não é indicado para mulheres gestantes, lactantes, crianças menores que 6 anos e indivíduos com problemas hepáticos.
*Ainda, de acordo com a ANVISA, deve-se evitar o uso prolongado, pois há risco de toxicidade.*