A doença hemorroidária caracteriza-se pela presença de veias dilatadas na região anal, levando à manifestação de sintomas incômodos, como dor esangramento, observados especialmente no momento da evacuação.
Embora outros fatores possam estar envolvidos na etiologia da doença hemorroidária, como a gravidez e a própria hereditariedade genética, geralmente, sua causa principal decorre do esforço evacuatório difícil e repetitivo, aumentando a pressão dentro das veias e ocasionando a dilatação.
Nesse sentido, mudanças no estilo de vida são fundamentais para o tratamento da doença, especialmente na fase inicial, onde somente tais alterações podem ser capazes de cessar a manifestação de sintomas.
Dentro desse contexto, podemos destacar o aumento do aporte de fibras da dieta, com a ingesta de 20 a 35 gramas por dia, equivalente a cerca de 5 porções de alimentos vegetais.
As recomendações de cinco porções por dia equivalem, por exemplo, a um prato de sobremesa de salada ou uma fruta média.
Esse consumo ideal de vegetais, torna-se essencial para regularizar o hábito intestinal, proporcionando uma evacuação sem esforço e na consistência adequada. Junto a isso, a correta ingestão hídrica, por volta de 2 litros por dia, também é imprescindível para o alcance destes resultados.
Em termos práticos, vale aumentar o consumo de frutas, verduras e leguminosas ao longo do dia, bem como, também investir em alimentos integrais, como arroz e pães integrais, grãos como linhaça ou farelo de trigo, ricos em fibra insolúvel.
Além disso, temperos picantes, como as pimentas, de uma forma geral, páprica, curry e mostarda podem causar desconforto e queimação no momento da evacuação, por isso, vale evitar estes tipos de condimentos.
Outros cuidados de higiene como reduzir o uso do papel higiênico utilizando, na medida do possível, as duchas, pode ser uma ação benéfica.
Por fim, como sempre, a obesidade abdominal é um fator de risco e de piora dos sintomas