Muitas vezes me perguntam se o famoso refluxo é causado somente pela alimentação.
O refluxo gastroesofágico (RGE) está relacionado ao câncer de esôfago, especialmente ao adenocarcinoma esofágico. O refluxo crônico pode causar uma condição chamada esôfago de Barrett, onde o revestimento do esôfago se altera devido à exposição constante ao ácido gástrico. Este esôfago de Barrett aumenta o risco de desenvolver câncer de esôfago.
Para tratar o refluxo gastroesofágico, as seguintes abordagens são comuns:
Mudanças no estilo de vida:
Perder peso, se necessário.
Evitar alimentos e bebidas que desencadeiam o refluxo (por exemplo, alimentos gordurosos, chocolate, cafeína, álcool, alimentos picantes e ácidos).
Comer refeições menores e evitar comer antes de deitar.
Elevar a cabeceira da cama para evitar o refluxo noturno.
Não fumar, pois o tabagismo pode piorar o refluxo.
Medicamentos:
Antiácidos para neutralizar o ácido gástrico.
Bloqueadores de receptores H2 (como ranitidina) para reduzir a produção de ácido.
Inibidores da bomba de prótons (como omeprazol e esomeprazol) para reduzir significativamente a produção de ácido gástrico.
Procinéticos, que ajudam a esvaziar o estômago mais rapidamente e melhorar o tônus do esfíncter esofágico inferior.
Tratamentos médicos e cirúrgicos:
Em casos mais graves ou refratários, procedimentos como a fundoplicatura (cirurgia que envolve envolver a parte superior do estômago ao redor da parte inferior do esôfago) podem ser considerados.
Dispositivos endoscópicos que melhoram a função do esfíncter esofágico inferior.
É importante que o tratamento seja individualizado e acompanhado por um médico, pois o RGE pode variar em gravidade e resposta ao tratamento.