O pinhão é o nome dado para as sementes provenientes das árvores araucárias (Araucaria angustifólia), espécie nativa da região Sul do Brasil , é um alimento de importância cultural e histórica para os sulistas.
Ainda que seja pouco empregado na culinária brasileira no geral, é uma semente com ótimas características nutricionais.
O pinhão pode ser considerado uma boa alternativa energética na alimentação, sendo uma fonte interessante de carboidrato, especialmente devido à sua alta quantidade de amido.
O amido presente no grão está sob duas formas principais: o amido disponível e o resistente. Enquanto o amido disponível é a porção capaz de ser hidrolisada e absorvida pelo organismo, o resistente é considerado um tipo de fibra alimentar.
Em razão da sua capacidade fermentativa, auxilia na formação de substratos benéficos à saúde intestinal, como os ácidos graxos de cadeira curta. Ainda, atuam no controle dos níveis de glicose sanguínea e colesterol.
Também é uma excelente fonte de potássio, com cerca de 727 miligramas do mineral a cada 100 gramas de pinhão. Em menores quantidades, também encontramos ferro, cálcio e fósforo.
Outro tipo de pinhão é o pinoli, extraído do Pinheiro-manso (Pinus pinea), árvore típica da região do Mediterrâneo. Esta variedade não é muito conhecida pelos brasileiros, pois além de ser um alimento difícil de ser encontrado, possui um preço bem elevado.
Ao contrário do pinhão proveniente das araucárias aqui no Brasil, o pinoli se assemelha às amêndoas e possui um tamanho menor.
Quanto aos atributos nutricionais, o pinoli detém uma quantidade considerável de gorduras na composição, porém, grande parte provém de gorduras mono e poli-insaturadas, que são mais benéficas à saúde. Além disso, é fonte de proteínas, vitaminas do complexo B, vitamina E, minerais como o ferro, potássio e zinco.
Dessa forma, receitas enriquecidas com os diferentes tipos de pinhão, além da crocancia, trazem nutrição.