O vinho engarrafado, como o conhecemos, é relativamente recente no dia a dia de quem gosta de beber.
No passado usavam anforas de barro, cobre, bronze e outros materiais, alguns inclusive, liberando chumbo e levando à intoxicações crõnicas e graves.
A maioria das  legislações sobre esse
volume é muito recente, mesmo na Europa, praticamente a legislação e normatização sobre o tema somente se cristaliizaram na decada de1970.
Muitos textos aventam a possibilidade de que os 750 ml tenham nascido da capacidade pulmonar dos sopradores de vidro, formando garrafas típicas.
Outras teorias dizem que os produtores de vidro só eram capazes de criar espaços que correspondiam a 650 ou 750 ml de líquido quando sopravam o vidro quente para os recipientes.
Algumas teorias gastronomicas e culinárias associam 750ml como a capacidade média  de beber dos indivíduos, sem qualquer rigor científico para justificar.
Na verdade, o início da  “industrialização” da produção ocorreu no século XVII e a teoria, atualmente mais aceita, remete ao comércio entre França e Inglaterra. Ou seja, deveu-se por uma questão de ajuste de medidas. Enquanto os franceses usavam litros como medidas de volume, os ingleses usavam os galões imperiais – que equivalem a 4,54609 litros. Os vinhos eram embarcados em barricas de 225 litros, o que equivalia a aproximadamente 50 galões. E esses 225 litros também equivaliam a 300 garrafas de 750 ml. Então, para ficar mais fácil, uma barrica era igual a 50 galões ou 300 garrafas. Dividindo 300 por 50 significa que um galão é igual a seis garrafas. Acredita-se que, por essa razão, até hoje os vinhos são costumeiramente vendidos em caixas de seis ou 12 garrafas.
Desta forma, acreditando nas lendas da gastronomia ou nos dogmas do comércio internacional, aprecie, conheça e harmonize os melhores vinhos, mas sempre com moderação.