A creatina é sintetizada pelo fígado, rins e pâncreas, a partir de alguns aminoácidos (glicina, arginina, metionina). A substância também está naturalmente presente em carnes, peixes, frango, ovo, frutos do mar, leite e derivados. Em nosso organismo, ela é armazenada em grande parte nos tecidos musculoesqueléticos e, em menor quantidade, no coração, músculos lisos, cérebro e testículos.
De forma geral, nosso corpo produz cerca de 1 grama de creatina por dia e outro 1 grama é ingerido na dieta.
No dia a dia das academias é recomendada para o aumento da força, da potência e da massa muscular (hipertrofia).
A substância traz esses ganhos para o treino por estar envolvida na produção de ATP, fonte de energia usada pelos músculos em exercícios predominantemente anaeróbicos (de alta intensidade e curta duração), como musculação, saltos, arremessos de peso e corridas muito curtas.
A energia para os esforços explosivos é fornecida após uma reação química na qual um nucleotídio (compostos ricos em energia) - ATP perde uma molécula de fósforo e se transforna em ADP.
Resumindo, toda vez que um ATP é transformado em um ADP, há liberação de uma quantidade de energia que é usada pelo músculo para a contração.
É importante saber que consumir a creatina não aumenta a massa muscular.
Basicamente, o que o suplemento faz é elevar a tolerância do atleta ao esforço e retardar a fadiga, permitindo que ele use cargas maiores e tenha um melhor desempenho nos exercícios.
Além disso, por ser armazenada nos músculos juntamente com a água, a substância leva a um aumento do volume muscular.
Estudo publicado no Journal of Exercise Physology, da Sociedade Americana de Fisiologistas do Exercício, aponta que o consumo de creatina com glicose (açúcar) aumenta seu acúmulo nos músculos, quando comparado ao uso de creatina misturado somente com água.