A hipertrigliceridemia é caracterizada pela elevação das lipoproteínas responsáveis pelo transporte de triglicérides (TG), acima de 150 mg/dL.
Ela possui etiologia multifatorial, e normalmente, ocorre secundária ao alto consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, diabetes não controlada, ou como um efeito adverso de algum tratamento farmacológico.
Nos casos mais graves, geralmente associa-se com dislipidemia primária de padrão familiar.
O aumento de TG pode sinalizar alterações lipídicas com importante potencial aterogênico e consequente aumento do risco cardiovascular. Além disso, nos casos mais severos, pode culminar também no desenvolvimento de pancreatite aguda e trombogênse.
Sua concentração plasmática é muito sensível a alterações de peso e dieta, especialmente quando falamos da qualidade e quantidade da ingestão de carboidratos e gorduras.
Nesse sentido, uma nutrição balanceada e com menos calorias é essencial.
Correções no estilo de vida, adesão a dieta e perda de peso podem reduzir até 20% da concentração plasmática de TG.
O controle na ingestão de açúcares de adição, redução do consumo de bebidas alcoólicas e preferência por ácidos graxos mono e poli-insaturados (oleos de soja, canola, oliva, girassol...), com foco no ômega 3, são estratégias fundamentais para a diminuição do TG.
Padrões alimentares baseados na dieta do mediterrâneo têm demonstrado efeitos benéficos na saúde cardiovascular e seus marcadores de risco, tendo em vista melhor perfil de gorduras na dieta, inclusão de carnes magras, alto consumo de cereais integrais, frutas, verduras e legumes, bem como, maior atividade física.
Alguns casos necessitam de tratamento medicamentoso, nesses casos, a classe dos fibratos, pode ser uma boa alternativa