A “síndrome do restaurante chinês” foi descrita pela primeira vez em uma carta editorial publicada em 1968, sendo classificada como uma combinação de sintomas como dormência, fraqueza, palpitação, febre, distúbios digestivos etc.
No texto, o autor relata sentir esses sintomas após o consumo de alimentos em um restaurante chines e estabelece algumas hipóteses como causas para os sintomas, como a presença de vinho na receita, o excesso de sódio ou a presença de glutamato monossódico (MSG), sendo esse último o ingrediente mais popularmente relacionado à síndrome.
Muitos estudos foram executados procurando uma relação causal entre o consumo de MSG e os sintomas, no entanto, nenhum resultado consistente foi encontrado em trabalhos que utilizaram bons desenhos metodológicos. Estudos em humanos, com a administração de MSG em alimentos, não encontraram relação com esses sintomas e nem com dores de cabeça. É importante lembrar que o MSG é considerado um ingrediente seguro por agências regulatórias de todo o mundo, não tendo sido provado até o momento sua relação com danos à saúde.
Em vista da somatória de sinais, sintomas, cardápio, condições de preparo e armazenamento, analisando retrospectivamente, devemos considerar como uma gastroenterolocite aguda (GECA), associada à translocação bacteriana.