O vegetarianismo estrito é definido como o estilo alimentar que envolve a exclusão do consumo de alimentos de origem animal, ou seja, carnes de qualquer animal, laticínios, ovos, mel e outros ingredientes derivados, como corantes, gelatina, espessantes, etc. *O vegetarianismo estrito muitas vezes é confundido com o veganismo, estilo de vida que busca excluir a exploração animal não somente na alimentação, mas também em itens de vestuários, lazer, cosméticos, entre outros.*
Com a exclusão de alguns grupos de alimentos da rotina, é normal que surjam dúvidas sobre possíveis deficiências nutricionais, dentre elas
a deficiência de ferro, mineral mais associado ao consumo de carnes. No entanto, ainda que a oferta de ferro possa ser menor nesse tipo de alimentação, estudos indicam que o público vegetariano não possui maior prevalência de deficiências de ferro do que pessoas onívoras.
É importante salientar que, nesses trabalhos não houve a diferenciação rigorosa por classe social, deixando a dúvida dos resultados em classes mais desfavorecidas.
Ainda que carnes vermelhas sejam boas fontes de ferro, alimentos de origem vegetal também possuem o mineral, como: leguminosas e vegetais folhosos verdes-escuros. Existem alimentos industrializados que são enriquecidos com ferro, como é o caso das farinhas de trigo leites e milho.
É possível otimizar a absorção do ferro de origem vegetal consumindo uma fonte de vitamina C e evitando, nas mesmas refeições, fontes de cálcio e de taninos (como chás e café).
Além disso, o organismo também se adapta a menor oferta de ferro, aumentando sua capacidade de absorção e diminuindo as perdas, o que contribui para a manutenção adequada dos níveis do mineral no organismo.