A Diabetes Mellitus (DM), doença crônica que atinge 7,4% dos brasileiros, de acordo com dados recentes do Vigitel 2019, é considerada como um dos principais fatores de risco para o novo coronavírus e muitas outras viroses
A Diabetes relaciona-se com múltiplas anormalidades metabólicas e problemas de ordem vascular, que podem afetar nossa resposta a patógenos e processos inflamatórios.
Há muito tempo, por meio de resultados de pesquisas laboratoriais, sabemos que o diabético, via de regra, é um paciente "inflamado". Essa característica confere maior potencial de comprometimento arterial.
Doenças como a gripe e a pneumonia, por exemplo, são frequentemente comuns e mais graves em indivíduos idosos com diagnóstico de Diabetes.
Acredita-se que as infecções virais em pacientes com diabetes implique em processos inflamatórios mais acentuados. Quadros de hiperglicemia e resistência à insulina promovem maior estresse oxidativo e secreção de citocinas pró-inflamatórias, o que combinado à infecção viral, pode corroborar em desfechos clínicos negativos.
Além disso, também pode haver comprometimento de uma resposta imune inapropriada, o que levaria ao desenvolvimento de sintomas mais graves.
Apesar deste fato, conforme nota de esclarecimento da Sociedade Brasileira de Diabetes, aqueles com DM devidamente controlada apresentam risco de complicações menor ou quase igual ao dos indivíduos sem a doença, mas claro, desde que haja o correto controle da glicemia.
O exercício físico é muito recomendado, a indicação de atividade física é sempre realizar os exercícios que lhes foram recomendados, adaptando aos locais permitidos ou viáveis, e respeitando a prescrição adequada ao seu estado de saúde atual e condicionamento físico.
No aspecto nutricional, reduzir calorias, evitar açucares simples, optar pela gordura monoinsaturada e "abusar" de alimentos do reino vegetal.