Disfagia - Características gerais e importancia clínica
Disfagia – características gerais e importância clínica
Dr. Daniel Magnoni
A deglutição, processo orgânico relacionado à nutrição, tem a função de transportar o conteúdo da cavidade bucal (saliva, alimentos ou líquidos) para o estômago. É um evento rápido, automático e, aparentemente, simples. No entanto, é uma ação neuromuscular extremamente complexa e que depende da integridade das vias neuronais, do sistema ósteo-músculo-articular, além do comando voluntário e da intenção de se alimentar.
No processo de deglutição participam estruturas corticais, subcorticais, seis pares de nervos cranianos (sensitivos e motores), cerebelo e mais 26 músculos da boca, faringe e esôfago.
Fases da Deglutição
A divisão da deglutição é baseada em características anatômicas e funcionais e pode ser dividida em fases: oral, faríngea e esôfago-gástrica.
Disfagia
Como qualquer processo fisiológico do nosso organismo, a deglutição também pode alterar-se e ocasionar distúrbios. Quando ocorre alteração em alguma das fases, ou entre as fases da deglutição estamos diante de um quadro de disfagia.
Quais os impactos da disfagia?
Na atualidade, os serviços de disfagia, apoiados pela atuação multidisciplinar focada de forma central na atuação de profissionais de fonoaudiologia, promove ações de prevenção à disfagia, diagnóstico e tratamento dos diversos graus de disfagia e aspiração à arvore brônquica.
A disfagia pode impactar nos mecanismos de proteção das vias aéreas, levando à aspiração que gera risco de pneumonias aspirativas e no quadro nutricional/hídrico, podendo causar desnutrição e/ou desidratação. Além disso, um indivíduo disfágico pode apresentar isolamento social relacionado ao desprazer em se alimentar. Em alguns casos a disfagia pode levar ao óbito. Portanto, é importante sua identificação de forma precoce para prevenir o aumento de morbidade e mortalidade.