Exercício e a síntese protéica
Durante muito tempo acreditou-se que a utilização de proteínas, como substrato energético, só ocorria durante a realização de exercícios que buscavam aumento da potência muscular. No entanto, atualmente sabe-se, que enquanto a degradação protéica aumenta discretamente com o exercício, a síntese protéica pode estar bastante diminuída tanto nos exercícios de potência quanto de resistência muscular.
A velocidade da síntese protéica muscular, que é determinada pela velocidade de incorporação de leucina (aminoacido essencial) pelo músculo, estará aumentada entre 10 e 80% após 4hs da realização do exercício, mantendo-se ainda elevada por cerca de 24hs, nos exercício aeróbicos, de intensidade entre leve e moderada (17). É fato, que essa ação indutora da síntese protéica pelo exercício, será mais eficiente em situações de reserva calórica adequada, dessa forma, na presença de desnutrição a suplementação nutricional, concomitante ao início do programa de exercícios é essencial.
Séries de exercício de alta intensidade, tendem a promover um aumento na degradação e uma diminuição na síntese protéica, com a sua maior utilização para a gliconeogênese , no entanto, curtas séries de exercícios de intensidade moderada, quando realizados diariamente, irão levar, a médio prazo, a um processo adaptativo que resultará num aumento nítido das reservas nitrogenadas periféricas (23).