logo IMeN

Acerola na dietoterapia

Nutricionista Fatima Corradini Domingues

1. Acerola ( Malpighia Glabra, Linn )

É uma fruta pequena, arredondada, que chega a pesar até 10g e tem casca extremamente vermelha quando madura. Sua polpa de cor clara é carnosa, suculenta e bastante ácida, possuindo núcleo central com três sementes.

Por apresentar melhores condições para o consumo por até três dias após colheita, oferece dificuldade de sua comercialização ao natural. Inicialmente introduzida no nordeste brasileiro, a acerola é hoje cultivada em todo país.

Especialmente rica em vitamina C, alguns autores determinaram o conteúdo de vitamina C na acerola produzida no Brasil, tendo sido encontrados teores variando de 1040mg/100g a 1790mg/100g de parte comestível, além de ser fonte de pró-vitamina A, ferro e cálcio. Por concentrar altas doses de vitamina C, é utilizada em vários estudos para efeito de suplementação, obtendo resultados satisfatórios.

O suco de acerola contém 40 a 80 vezes mais vitamina C do que o suco de limão ou laranja, fontes tradicionais desta vitamina 18 . Composta de: carboidratos, proteínas, gorduras, cálcio, fósforo, ferro, magnésio e manganês, apresenta em 100g de fruta (em média de 10 a 12 unidades) o equivalente a 49 calorias.

Devido a perecividade desta fruta, sua comercialização in natura torna-se mais rara, portanto mais comumente encontrada na forma de polpa congelada e suco integral pasteurizado, porém tais processos de obtenção e armazenamento da polpa de acerola quando não realizados de forma correta, podem favorecer perdas da vitamina C 18 . Apesar deste mercado estar aumentando cada vez mais, os trabalhos científicos que avaliam perdas de vitamina C em produção de polpas de acerola, decorrentes do processamento, armazenamento e comercialização das mesmas, são escassos. 

Bibliografia:

•  FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9 ed. São Paulo: Atheneu, 53-58, 1999.

•  VANNUCCHI, H; JORDÃO, A.A.J. Vitaminas Hidrossolúveis . In: Ciências Nutricionais. São Paulo: Sarvier, 191-207, 1998.

•  BODINSKI, L.H. Dietoterapia – Princípios & Prática. São Paulo: Atheneu, 7-39, 1999.

•  FRANCESCHINI, S.C; PRIORE, S.E; EUCLYDES, M.P. Necessidades e Recomendações de Nutrientes. In: Nutrição Clínica no Adulto, São Paulo: Manole, 3-26, 2002.

•  COSTA, MJ.C; TERTO, A.L.Q; SANTOS, L.M.P; RIVERA, MA. A; MOURA, L.S.A. Efeito da suplementação com acerola nos níveis sangüíneos de vitamina C e de hemoglobina em crianças pré-escolares. Rev Nutr; 14 (1): 13-20, 2001. [ Scielo ]

•  ARANHA, F.Q; MOURA, L.S.A; SIMÕES, M.O.S; BARROS, Z.F; et al. Normalização dos níveis séricos de ácido ascórbico por suplementação com suco de acerola (Malphighia glabra L.) ou farmacológica em idosos institucionalizados. Rev Nutr; 17 (3): 309-317, 2004. [ Scielo ]

•  BAUMGARTNER, T.G; ED, P.D.M. Vitaminas. In: Segredos em Nutrição. Porto Alegre: Artmed, 28-36, 2000.

•  MAHAN, K.L; ESCOTT, S.S. Krause. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 9 ed. São Paulo: Roca, 111-118, 1998.

•  FRANK, A.A; SOARES, E.A; FERNANDES, A.S. Adequação Alimentar de Ferro e Vitamina C. In: Nutrição no envelhecer. São Paulo: Atheneu, 117-128, 2002.

•  DE ANGELIS, R.C. Compostos Bioativos e Antioxidantes nos Alimentos. Rev Nutr em Pauta; 65: 6-11, 2004.

•  FERRINI, M.T; BORGES, V.C; MARCO, D; AGUIAR, J.E; BOTTONI, A., WAITZBERG, D.L. Vitaminas. In: Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 95-115, 2001.

•  MARTINS, C. Vitaminas e Oligoelementos na Insuficiência Renal. In: Nutrição e o Rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 43-57, 2001.

•  FAINTUCH, J; FAINTUCH, S; RODRIGUES, J.J.G. Micronutrientes. In: Nutrição em Cirurgia. São Paulo: Atheneu, 43-62, 2001.

•  WAITZBERG, D.L; CUKIER, C. Metabolismo da Água, Sais Minerais e Vitaminas. In: Nutrição Enteral em Cirurgia. São Paulo: BYK, 26-34, 1997.

•  AMIB. Terapia Nutricional no Paciente Grave. Rio de Janeiro: Revinter, 27-32, 2001.

•  CUKIER, C; MAGNONI, D; RODRIGUES, A.B. Micronutrientes, Vitaminas e Sais Minerais. In: Perguntas e Respostas em Nutrição Clínica. São Paulo: Roca, 37-44, 2001.

•  PHILIPPI, S.T. Tabela de Composição de alimentos: Suporte para decisão Nutricional. 2 ed. São Paulo: Coronário, 2002.

•  FARVID, M.S; SIASSI, F; JALALI, M.; HOSSEINI, M; SAADAT, N. The impact of vitamin and / or mineral supplementation on lipid profiles in type 2 diabetes. Diabetes Res Clin Pract; 65 (1): 21-28, 2004.

•  CAMPELO, E.C.S; MARTINS, M.H.B; CARVALHO, I.T; PEDROSA, E.M.R. Teores de vitamina C em polpas de acerola congeladas. Bol. Centro Pesqui Process Aliment; 16 (1): 107-113, 1998.

•  BSOUL, S.A; TEREZHALMY.G.T. Vitamin C in health and disease. J Contemp Dent Pract; 5 (2): 1-13, 2004.

•  LYNCH, S.R; STOLTZFUS, R.J. Iron and ascorbic acid: proposed fortification levels and recommended iron compounds. J Nutr; 133 (9): 2978S-2984S, 2003.

•  CUKIER, C; MAGNONI, D. Uso de vitaminas em terapia nutricional. Rev Brás Nutr Clin; 16 (2): 68-73, 2001.

•  RONSEIN, G.E; DUTRA, R.L; et al. Influência do estresse nos níveis sangüíneos de lipídios, de ácido ascórbico, de zinco e de outros parâmetros bioquímicos. Rev Brás Anal Clin; 35 (1): 19-25, 2003.

•  SILVA, C.R.M; NAVES, M.M.V. Suplementação de vitaminas na prevenção de câncer. Rev. Nutr; 14 (2): 135-143, 2001.

•  ZHANG, J; et al. A single hight dose of vitamin C counteracts the acute negative effect on microcirculation induced by smoking a cigarette. Microvasc. Res; 58 (3): 305-311.

•  MORRIS, K. Vitamin C restores early coronary impairments in smokers. The Lancet; 356:1007, 2000.

IMeN - Instituto de Metabolismo e Nutrição
Rua Abílio Soares, 233 cj 53 • São Paulo • SP • Fone: (11) 3287-1800 • 3253-2966 • administracao@nutricaoclinica.com.br