Um estudo publicado em 2003 decorreu sobre um surto de casos de fungemia por Saccharomyces cerevisae subtipo boulardii em pacientes que não estavam em uso deste probiótico para controle da diarréia, mas que estavam próximos a pacientes que recebiam esta preparação.
Demonstrou-se que depois de aberto o sachê contendo leveduras secas por congelação, as células permanecem viáveis nas superfícies por até 2 horas e a uma distância de 1 metro e pode, ainda, persistir nas mãos dos profissionais de saúde que o manipularam, mesmo após a lavagem vigorosa das mãos.
Foi demonstrado, portanto, que é preciso cuidado na hora de prescrever e também na hora de administrar probióticos contendo fungos em pacientes críticos ou imunocomprometidos.
Referências:
– Lherm, T., C. Monet, B. Nougie`re, M. Soulier, D. Larbi, C. Le Gall, D. Caen, and C. Malbrunot. Seven cases of fungemia with Saccharomyces boulardii in critically ill patients. Intensive Care Med. 28:797–801. 2002.
-Perapoch, J., A. M. Planes, A. Querol, V. Lopez, I. Martinez-Bendayan, R. Tormo, F. Fernandez, G. Peguero, and S. Salcedo.. Fungemia with Saccharomyces cerevisiae in two newborns, only one of whom had been treated with Ultra-Levura. Eur. J. Clin. Microbiol. Infect. Dis. 19:468–470. 2000.
– Cassone M, Serra P, et al. Outbreak of saccharomyces cerevisiae subtype boulardii fungemia in patients neighboring those treated with a probiotic preparation of the organism. Journal of Clinical Microbiology, Nov. 2003, p. 5340–5343.
