Disfagia pós cirurgia cardíaca no recém-nascido

A utilização de protocolos para avaliação da ingestão oral em recém-nascidos prematuros pós-cirúrgicas tem auxiliado muito no diagnóstico de disfagia.

Defeitos cardíacos congênitos são definidos como má formações do coração ou dos vasos sanguíneos, necessitando de intervenções cirúrgicas para melhoria do quadro. A utilização de protocolos para avaliação da ingestão oral em recém-nascidos prematuros (RNPT) pós-cirúrgicas tem auxiliado muito no diagnóstico de disfagia. Controle postural, regulação do ciclo vigília-sono e coordenação do processo de sugar/deglutir/respirar são marcadores neurocomportamentais importantes que são utilizados para analisar a evolução da alimentação oral. A alimentação oral requer força muscular para extrair o leite materno ou mamadeira, além de boa coordenação entre a sucção, deglutição e respiração. No RN pós correção cardíaca, encontramos maior dificuldade na ingestão total do volume necessário/prescrito por via oral, o que pode levar a perda de peso e inadequação no desenvolvimento e crescimento. A integração entre a equipe de saúde (médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e nutricionistas) para o cuidado destes pacientes deve estar presente desde o início do tratamento para evitar prejuízo na oferta adequada de nutrientes e uma transição para via oral completa.

 

Referências:

Pereira KR, Firpo C, Gasparin M, Teixeira AR, Dornelles S, Bacaltchuk T, Levy DS. Evaluation of Swallowing in Infants with Congenital Heart Defect. Int Arch Otorhinolaryngol. 2015;19:55–60.