Omega 3 na prática Clínica e na Dietoterapia
Dr. Daniel Magnoni – IMeN
Na atualidade, a utilização do Omega 3 nas ações preventivas às doenças cardiovasculares seguem os resultados das pesquisas clínicas, mais profundamnete embasadas na suplementação oral.
Em quase todos os trabalhos, os efeitos hipolipemiantes dos ácidos graxos ômega-3, principalmente a partir do óleo de peixe (ácidos graxos poliinsaturados – eicosapentaenóico e docosa-hexaenóico), foram discretos e restritos aos triglicérides. Doses elevadas desses ácidos graxos (>4,0 g) parecem necessárias para a redução apenas moderada (25%) nos níveis de triglicérides.
Entretanto, outras ações podem ser avaliadas: efeitos antiplaquetários, efetivados por redução da agregação plaquetária, são ainda capazes de melhorar a função endotelial, possuem alguma propriedade antiarrítmica e efeitos antiinflamatórios, todos de magnitude relativamente modesta.
Entretanto, em pacientes na prevenção secundária da doença coronariana, o estudo GISSI- PREVENZIONE mostrou que podem diminuir desfechos cardiovasculares após o infarto do miocárdio.
Assim, em alguns pacientes, intolerantes a agentes antiplaquetários ou para outras associações de hipolipemiantes, os ácidos graxos ômega-3 podem constituir-se em interessante opção terapêutica.
Nas ações de orientação nutricional, pode-se inserir alimentos ricos em Omega 3 no cardápio diário, lembrando que o efeito deverá ser avaliado ao longo prazo e conjuntamente com mudanças no estilo de vida
OBS: as quantidades são aproximadas foram baseadas em 100 gramas e 100 ml do alimento
* não informado
Alimento |
gramas de ômega-3 por 100g de animal marinho |
Cavala |
1.8 – 5.1 |
Arenque |
1.2 – 3.1 |
Salmão |
1.0 – 1.4 |
Atum |
0.5 – 1.6 |
Truta |
0.5 – 1.6 |
Camarão |
0.2 – 0.5 |
Lagosta |
0.3 – 0.4 |
Bacalhau |
0.2 – 0.3 |
Linguado |
0.2 |