SILVEIRA, AC.
Instituição: Pronto Socorro Universitário Cardiológico De Pernambuco
Email: adrianacesardasilveira@yahoo.com.br
As cardiopatias congênitas cursam freqüentemente com retardo no crescimento. Objetivo: descrever o caso de um lactente com cardiopatia congênita, admitido no Pronto Socorro Universitário Cardiológico de Pernambuco, em agosto de 2008. Metodologia: lactente do sexo feminino, natural e procedente São Luiz, Maranhão, admitido no Serviço com cinco meses de idade, pesando 3560g e medindo 58 cm, e albumina sérica de 4,74g/dL, em uso de dieta por via oral, e mamando ao seio. Portador de cardiopatia congênita cianótica, Insuficiência Cardíaca Congestiva, associados à Hipertensão Arterial Pulmonar, e a Doença do Refluxo Gastroesofágico. O estado nutricional foi avaliado através dos índices peso por idade, comprimento por idade, e peso por comprimento. Para a análise dos dados foi utilizado o percentil das Novas Curvas da Organização Mundial da Saúde/2006. Nos índices peso por idade e peso por altura apresentava-se abaixo do percentil 0,1, e no índice altura por idade entre o percentil 0,1 e o 3. Recebeu dieta por sonda nasogástrica, com aproximadamente 1cal/ml, e 3g de proteína por kg de peso por dia. Utilizou-se fórmula láctea anti-refluxo adicionada de triglicerídeos de cadeia média e carboidratos. A paciente foi submetida à cirurgia paliativa, e no pós-operatório imediato iniciou dieta com a mesma composição. Recebeu alta hospitalar, pesando 4870g, e medindo 62 cm, com dieta exclusivamente por via oral. Resultados: Embora deficiente, ocorreu ganho pondero-estatural. Com o uso da dieta por sonda nasogástrica o ganho de peso médio diário quadruplicou em relação ao primeiro semestre de vida, quando a dieta foi oferecida por via oral. Conclusão: A terapia nutricional com uso de sonda nasogástrica mostrou-se eficaz no crescimento do lactente. Este caso chama a atenção para a necessidade de intervenção nutricional precoce nestes pacientes.